TREINAMENTO FÍSICO NO CALOR

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Quando se pratica alguma atividade física, ocorre um aumento natural da temperatura corporal interna em função da atividade muscular e do aumento do fluxo sanguíneo para os músculos envolvidos na atividade.
O equilíbrio entre calor corporal ganho e calor corporal perdido é estritamente regulado para manter a temperatura orgânica interna em uma condição estável e constante: homeostase térmica.
Durante a atividade física, os estímulos que mais desafiam a homeostase térmica são a produção metabólica de calor e as condições ambientais, que estimulam o sistema termorregulatório a manter o organismo dentro dos níveis de segurança de temperatura corporal (37ºC ± 1ºC, até um aumento de 6ºC; Tipton, 2005). Se a temperatura central aumenta muito acima deste nível, pode haver o surgimento de estresse pelo calor de vários neveis de gravidade.
A exaustão pelo calor é caracterizada por uma temperatura corporal interna acima de 40º C. A ela estão vinculados sintomas como sensação de cansaço extremo, vertigens, falta de ar e taquicardia. Os sintomas podem ligar-se a uma redução na perda de suor, mas normalmente surgem pela vasodilatação cutânea acompanhada de redução do fluxo sangüíneo central.

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O “heat strok” é caracterizado por temperaturas centrais acima de 31ºC ou maiores, é a interrupção da sudorese, confusão total ou perda da consciência. Em tais casos necessita-se de tratamento urgente para que possa reduzir a temperatura corporal. Pode ocorrer instabilidade circulatória e perda do tônus vasomotor, com falência da regulação da pressão arterial. No exercício, cerca de 75% de energia gasta resulta na geração de calor. Estima-se que o exercício intenso causa um aumento de 10º C na temperatura interna do corpo em uma hora de atividade.
Existem dois mecanismos fisiológicos envolvidos na perda de calor em sessões longas de treinamento. O 1º envolve o aumento do fluxo sanguíneo cutâneo: A superfície do corpo pode perder calor para o ambiente (por convecção e radiação). O 2º é a sudorese, principal forma de dissipação de calor.  
A exaustão pelo calor não possui efeitos crônicos deletérios. Entre os sintomas podemos citar cefaléia, astenia, tonteira, vertigem, "sensações de calor" na cabeça ou pescoço, cãimbras pelo calor, calafrios, miofasciculações, náusea, vômitos e irritabilidade. Podem também ser observadas hiperventilação, falta de coordenação muscular, agitação, incapacidade de julgamento e confusão mental. Síncope pelo calor pode ou não acompanhar o quadro. O início dos sintomas de exaustão pelo calor é habitualmente súbito e a duração do colapso é curta. Durante a fase aguda da exaustão pelo calor, o paciente se apresenta pálido, a pressão arterial está baixa e a freqüência cardíaca está elevada. A hipertermia pode se somar aos sintomas de exaustão pelo calor, mesmo em dias relativamente frios.

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O treinamento em altas temperaturas tem um efeito profundo no desempenho e na saúde, sendo o impacto do calor no desempenho altamente dependente da temperatura ambiental, umidade e calor de radiação, combinados com intensidade e duração da atividade, além da localização do treino, ambientes fechados ou ambientes abertos.
Quanto maior for o nível de condicionamento físico do atleta, menor será o esforço ou o estresse causado pelo calor. Posto que o individuo bem treinado possui um sistema cardiovascular extremamente bem desenvolvido para lidar com os efeitos duplos da termorregulação e do exercício, assim como uma maior taxa de produção de suor. O treinamento também melhora a tolerância ao exercício no calor, mas não elimina a necessidade da aclimatização ao calor.



Referencias:

Elliott, Bruce; Mester, Joachim. Treinamento no Esporte: Aplicando Ciência no Esporte- Guarulhos, SP: Phorte Editora, 2000.

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