ESPECIAL: A CK UMA VELHA CONHECIDA, MAS POUCO ENTENDIDA

Imagem: Divulgação Web Uma velha conhecida de profissionais do meio esportivo, comumente citada entre preparadores físicos, fisiologistas, m...

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Uma velha conhecida de profissionais do meio esportivo, comumente citada entre preparadores físicos, fisiologistas, médicos e entre os atletas, de pronúncia fácil mas de entendimento complexo, e na maioria das vezes mal interpretada é a enzima conhecida como CPK ou apenas CK. (creatinofosfoquinase).
Enzima responsável por catalisar a fosforilação reversível da creatina pela adenosina trifosfato (ATP) com a formação de creatina fosfato. Em resumo : gera compostos energéticos.
No meio esportivo é utilizada ou dosada como parâmetro para avaliar riscos de lesão muscular ou condições musculares dos atletas. Ao contrário do que muitos profissionais pensam, esta enzima não serve como parâmetro para indicar fadiga muscular, mas sim lesão em células musculares.
A cada dia que passa, profissionais mal preparados fazem da complexa bioquímica corporal, uma piada, um dado simplório, ignorando diversos fatores que em conjunto agregam sequencias importantíssimas para o funcionamento e para uma correta avaliação metabólica.
Seguindo uma linha lógica de raciocínio temos os seguintes questionamentos:
Qual a origem, aonde fica armazenada esta enzima CPK?
A CPK é uma enzima citoplasmática, mitocondrial ou nuclear?
Quais as células do corpo humano e que tecidos que contém concentrações significativas desta enzima?
O que deve acontecer para que esta enzima seja liberada no sangue?
Qual a vida média de circulação desta enzima?
Em que momento deve ser feita a dosagem?
Quando ou em que momento foi a “ agressão” ou injúria celular ou no tecido? 1 dia, 2 dias, 3 dias..em que momento...? Que certeza tem disso?
Como sabe em que momento está a concentração desta enzima no momento da coleta? Esta ascendente? descendente? em níveis já normais?
O que é alto e o que é baixo em termos de valores de CPK?
Por quanto tempo esta enzima permanece alta? Se um atleta tiver um valor “ normal” de CPK, o mesmo está em condições adequadas? Como garante que em 1, 2 ou 3 dias antes este atleta não teve um tecido danificado?
Quais as isoenzimas da CPK? O que elas indicam?
Quais outras enzimas ou marcadores de injúria celular existem e qual a relação deles com a CPK?
Avaliar uma coleta ou dosagem de CPK isolada, e ter algo conclusivo em relação a este dado não é tarefa simples como parece ou fazem ser.
Mas, ter este dado em mãos (análise de CPK)  ajuda?  A resposta seria melhor ter do que não ter, mas o fundamental é SABER INTERPRETAR!
 Imagem: Divulgação/Web



No questionamento acima todas as respostas foram claras e estavam fáceis na ponta da língua? Se sim, estamos no caminho certo e sabemos que a bioquímica é mais complexa que se pode imaginar, se não, melhor deixar o mundo bioquímico de lado ou se dedicar aos estudos. O que acontece é que hoje facilmente nos descrevemos como fisiologistas, mas um fisiologista sem dominar metabolismo bioquímico e sem entender a complexa relação que existe entre inúmeros elementos não pode se intitular fisiologista pois a bioquímica é como as letras, que juntas na sequencia certa formam as frases da fisiologia.
Os erros e mitos surgem de pessoas que tiram conclusões depois de ler uma página de um livro, ao invés de ler várias páginas de vários capítulos de inúmeros livros!


Postagem Especial por
Dr. Arthur Guzzo Fraccanabbia

Fisiologista e bioquímico esportivo

- Membro da Sociedade Brasileira de Nutrição Esportiva

- Membro da Sociedade Argentina de Fisiologia do Exercício

- Membro do American Colegge of Sport and Medicine

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