Síndrome do Overtraining: Desequilíbrio entre Esforço X Descanso

(Imagem Web) Se ocorrer um desequilíbrio constante entre o tempo dedicado ao período regenerativo e as cargas de treinamento em cada ativida...

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Se ocorrer um desequilíbrio constante entre o tempo dedicado ao período regenerativo e as cargas de treinamento em cada atividade programada, no sentido de diminuição no período regenerativo desencadeia-se um estado crônico de fadiga, que em conjunto com outras alterações metabólicas e fisiológicas Caracteriza a síndrome do super treinamento ou overtraining (Kuipers et al, 1988; Johnson et al, 1992, Kuipers, 1998, Petibois et al 2003).

Os sinais associados ao overtraining são: sensação de fadiga prematura e freqüente, respostas inflamatórias com o aumento dos níveis de leocócitos, citoquinas circulantes e proteínas de fase inflamatória aguda, estresses oxidativo, desequilíbrio nutricional, distúrbios hormonais e indisposição ao treinamento.

Kraemer e Nindl (1997) propuseram que o termo significa má adaptação aos estímulos dos exercícios que pode debilitar o rendimento fisiológico e psicológico, alterando o processo de informações bioquímicas e imunológicas. O constante aparecimento de lesões, depressão e falta de apetite são exemplos práticos da síndrome do overtraining.



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Embora apresente uma sintomatologia difusa, a única alteração apresentada por todos os atletas é a perda de capacidade de rendimento, a despeito do aumento ou manutenção nas cargas de esforço físico. Mesmo assim, nem todas as capacidades biomotoras são diminuídas simultaneamente ou sofrem o mesmo grau de impacto (Smith 2000), isso dificulta muito a predição deste estado e torna sua interpretação confusa. Quando o overtraining se instala, a recuperação é lenta, podendo levar muito tempo para ocorrer (Petibois et al 2003).

O inicio do overtraining é conhecido na literatura como overreaching. Embora também resulte em queda no rendimento, este pode ser revertido em poucos dias de descanso, ou seja, aumentando-se o período de recuperação (Kuipers et al, 1988; Johnson e Thiese, 1992; Kuipers, 1988; Petibois et al, 2003).

A fadiga muscular excessiva, em qualquer tipo de atividade física caracteriza-se, em última instancia pela incapacidade das fibras de ressintetizar ATP na freqüência necessária, diminuindo a resposta ao exercício (Noakes 200). Nesta situação, normalmente ocorre uma diminuição nos estoques de glicogênio e de fosfatos ricos em energia como ATP e ADP (Kuipers, 1988).
O desequilíbrio entre treino/recuperação pode não possibilitar o pronto restabelecimento tanto de glicogênio (hepático e muscular) quanto á quantidade de fosfatos ricos em energia (Bruin ET al, 1994). Por estes motivos, relaciona-se o overreaching a um estresse de origem metabólica (Kuipers, 1998).

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Um dos maiores problemas enfrentados pro técnicos e preparadores físicos é que muitas vezes na prática, a queda no rendimento provocada pela overreaching é confundida com falta de estímulo e não excesso, com uma diminuição do período regenerativo (Lopes, 2005). Isso pode exceder o limite individual de estresse que o organismo pode suportar, contribuindo na susceptibilidade a lesões em decorrência do overreaching (Smolka ET al 200; Zoppi ET, al 2003).


No entanto, como a única alteração apresentada por todos os atletas é a perda de rendimento, é extremamente importante estabelecer avaliações físicas especificas periódicas nos atletas para atuar conjuntamente com os biomarcadores moleculares na discriminação entre adaptação positiva e overreaching/overtraining. 



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Sintomas de Overtraining


Psicológico
Físico e Motor
Funcional
Aumento da excitabilidade
Coordenação
Insônia
Redução da concentração
Elevação da tensão muscular
Falta de Apetite
Irracional
Surgimentos de erros já corrigidos
Distúrbios digestivos
Depressão
Capacidade reduzida de diferenciar e corrigir erros técnicos
Diminuição da capacidade vital
Falta de confiança
Preparação física
Recuperação da FC mais longa que o normal
Força de Vontade
Diminuição da velocidade, força e resistência
Susceptível a infecções
Falta de persistência
Diminuição da recuperação

Medo das competições
Susceptível a acidentes e lesões

Desistência do planejamento tático e aumento da agressividade




Referencias Bibliográficas:

MONTEIRO, Artur; LOPES Charles. Periodização Esportiva Estruturação do Treinamento. São Paulo: AG Editora, 2009.



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