POSTAGEM ESPECIAL: PSICOLOGIA NO ESPORTE
(Imagem Web) “TRABALHANDO A MOTIVAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO E A COMPETITIVIDADE”. Em uma partida amistosa entre Academia de Futebol A.D. São Cae...
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“TRABALHANDO A MOTIVAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO E A COMPETITIVIDADE”.
Em uma partida amistosa entre Academia de Futebol A.D. São Caetano/Praia Grande contra Paraisópolis revezamos os dois goleiros da equipe, cada um jogando um tempo. Até ai tudo bem, pois ao final do primeiro tempo o placar mostrava 0 a 0 e o goleiro que iniciou a partida sendo um dos destaques.
Quando o arbitro encerrou o primeiro tempo, como de rotina, levei o goleiro que iria jogar o segundo tempo para o campo e comecei a fazer seu aquecimento. Além da pressão que ele sentia por “ser o responsável” em manter o placar em branco, o comportamento da torcida adversária em relação ao seu porte físico (trata-se de um atleta que não apresenta a forma física ideal) utilizando apelidos pejorativos como “Willy”, “Ronaldo”, entre outros, afetou seu psicológico.
Pude perceber que o garoto de 14 anos não estava conseguindo se concentrar nos exercícios de aquecimento e fui conversar com ele. Muito abalado e com lágrima nos olhos, ele disse que estava com vergonha e não queria mais jogar. Tentei conversar com ele, motivá-lo, mas ele insistiu em não jogar e, por ética, fiz sua vontade.
Esse fato me deixou curioso sobre como funciona o aspecto psicológico de atletas de futebol, como eles agem em determinadas ocasiões, o que me motivou a ler alguns livros e tentar descobrir o que realmente se passa nesse mundo tão desconhecido.
PADRÕES PSICOLÓGICOS DOS GOLEIROS E ATLETAS DE FUTEBOL/GOLEIRO
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O goleiro tem grande importância para uma equipe, por isso ele precisa ter várias qualidades psicológicas que podem ajudar a superar possíveis dificuldades durante um jogo ou treinamento.
O goleiro precisa saber se “auto motivar” para nunca cair de rendimento. Mas também o treinador de goleiros precisa ajudar no aspecto motivacional de seus atletas, sempre o ajudando a buscar o melhor sem perder a cabeça.
Para continuar com o estudo vamos explicar o que quer dizer MOTIVAÇÃO.
“ MOTIVAÇÃO”
Pode ser definida como a direção e a intensidade de nossos esforços (Sage, 1977).
Os psicólogos do esporte e do exercício podem considerar motivação a partir de diversos pontos de vista específicos, incluindo a motivação para a realização, Motivação na forma de estresse competitivo e motivações intrínsecas e extrínsecas. Essas formas variadas são todas partes da definição geral de motivação.
“Para aumentar a motivação você deve analisar e responder não apenas à personalidade de um atleta, mas também à interação das características pessoais e situacionais. Visto que a motivação pode mudar com o tempo, deve-se continuar monitorizando a motivação das pessoas para participação até meses após elas terem começado”. (Weinberg, 2001)
“TRABALHANDO A MOTIVAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO E A COMPETITIVIDADE”
Acredita-se que as motivações para a realização e a competitividade se desenvolvem em três estágios (Scanlan, 1998; Veroff, 1969). Esses estágios acontecem de forma seqüencial e nem todos chegam ao estágio final, com a idade na qual cada estágio é alcançado variando consideravelmente.
Seguem abaixo os três estágios e suas respectivas funções:
ESTÁGIO DE COMPETENCIA AUTÔNOMA: Nesse estágio a criança deve aprender a testar a si mesma. Essa competência ocorre antes dos quatro anos de idade
ESTÁGIO DA COMPARAÇÃO SOCIAL: No estágio da comparação social, que começa por volta dos cinco anos de idade, a criança aprende a comparar seu desempenho com os das outras crianças de forma direta.
ESTÁGIO INTEGRADO: Envolve estratégias de comparação social e de conquistas autônomas. Não há idade predeterminada para ingressar nesse estagio.
Os estágios podem ser influenciados de acordo com o ambiente social, podendo alterar de forma precoce ou não o desenvolvimento de competências dessa criança.
“ESPECIALIZAÇÃO PRECOCE: ALGUMAS IMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO FUTEBOL E FUTSAL.”
A especialização precoce de crianças e adolescentes no esporte é um tema muito questionado e discutido na área da Educação Física. Por isso vou apresentar alguns benefícios e prejuízos com a especialização precoce no esporte.
Muito se fala sobre os malefícios que a especialização precoce pode trazer, no entanto existem alguns pontos positivos dentro deste processo. De acordo com Bento (2006) o treinamento precoce pode melhor a AUTO-ESTIMA, a SEGURANÇA e a SOCIABILIDADE, acreditando que isso soma no desenvolvimento psíquico e social da criança.
“INFLUÊNCIA DOS PAIS”
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A influência dos pais é o fenômeno da atitude dos pais que freqüentemente buscam uma compensação, por meio dos filhos, das vitorias e títulos esportivos não conseguidos por eles mesmos (Silva et al. 2001).
Isso pode acarretar em um prejuízo na hora da criança começar a desenvolver sua personalidade, pois sempre que cogita algo, vem a influência negativa dos pais frustrados que, ao invés de ajudar, pode acabar prejudicando o desenvolvimento psíquico da mesma.
“O ESPORTE COMPETITIVO”
Alguns membros da Fédération Internationale de Médicine Sportive (1997) afirmam que o esporte de competição proporciona um desenvolvimento físico, emocional e intelectual da criança e do adolescente, além de desenvolver a autoconfiança e estimular o comportamento social.
Mas membros da própria entidade entram em contradição quando afirmam que o treinamento intensificado com o objetivo de atingir o alto nível não tem justificativa fisiológica nem educacional, o qual leva freqüentemente a um estresse físico e mental durante o treinamento e a competição.
A idade para que o trabalho esportivo especializado deva acontecer, para Schimidt e Wrisber (2001), é aos 14 anos, pois os movimentos relacionados às habilidades esportivas passam do estágio específico geral para o especializado.
Gomes (1992) cita que a partir dos 15 à 16 anos cresce intensamente a motivação frente ao treinamento da modalidade escolhida criando premissas para o treinamento especializado.
“SUCESSO E A SUPERVALORIZAÇÃO”
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Por meio da mídia que expõe a modalidade como oportunidade de mudança no padrão social e a glorificação do público, cresce a pressão para a obtenção do sucesso e da supervalorização que repercutem negativamente em crianças e jovens. Estes apresentam uma deficiente estabilidade psicológica, pois muitos deles ainda não possuem personalidade ajustada, equilíbrio de agressividade, resistência a frustrações e estabilidade emotiva, a famosa afirmação que “NÃO SABEM LIDAR COM A DERROTA”.
Para alcançar o alto nível no esporte algumas crianças se submetem a condições em que acaba sendo manipulada de forma negativa, podendo acontecer uma desmotivação precoce por desilusão dos famosos enganadores, que só querem levar vantagem com o talento ou sonho delas. Esses, às vezes, acabam sendo o pior inimigo do futebol, os “caçadores de sonhos”.
“PSICOLOGIA NOS CLUBES DE FUTEBOL”
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Hoje alguns clubes contam com seu departamento de psicologia para atletas profissionais ou para sua categoria de base. Estes psicólogos atuam de forma individual ou em grupo com a equipe, auxiliando em qualquer situação necessária.
Estes profissionais têm como função fazer o trabalho de treinamento mental ou prática mental como um reforço para os atletas da equipe.
No caso do goleiro, ao longo dos treinos e nos momentos que antecedem os jogos na concentração, ele exercita esta habilidade imaginando uma defesa importante, uma interceptação de bola ou até mesmo uma defesa de penalidade. (Fleury, 1998, p.52.).
O treinamento mental é constituído das formas RACIONAL, LÓGICA, E ESTRATÉGICA, e é de grande importância que goleiros tenham características psicológicas como CORAGEM, CONCENTRAÇÃO, LIDERANÇA, TRANQUILIDADE, E
INICIATIVA, o que mostra a importância do trabalho dos psicólogos para ajudar no desenvolvimento dessas valências em goleiros.
Abaixo apresento o porquê de cada característica necessária para um goleiro.
CORAGEM: Para enfrentar qualquer dificuldade durante um jogo com determinação e eficácia.
CONCENTRAÇÃO: O goleiro não deve perder a atenção no jogo em nenhum momento, estar atento à bola e as movimentações dos companheiros e adversários.
LIDERANÇA: O goleiro deve orientar seus companheiros, pois ele tem uma visão mais ampla do jogo, devendo também transmitir calma e confiança para o restante da equipe.
TRANQUILIDADE: Mesmo em situações de pressão, como uma cobrança de pênalti ou até mesmo uma jogada dentro da sua área de defesa, deverá manter-se consciente de suas responsabilidades e analisar a melhor maneira de defender sua meta.
INICIATIVA: O goleiro agindo rápido poderá, na menor indecisão do adversário, recuperar a posse de bola para sua equipe.
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Por isso volto a ressaltar a importância do trabalho psicológico com atletas profissionais ou nas categorias de base, pois isso faz com que eles consigam entrar em um jogo, por mais complicado ou decisivo que seja, com extrema tranqüilidade para apresentar a minimização dos erros, principalmente os que ocorrem por nervosismo ou desatenção. Outro ponto é não deixar que seus sonhos e ambições possam cegá-los, fazendo com que escolha caminhos errados para o seu sucesso profissional.
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